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Fimose: O que é, como tratar e quando a cirurgia é necessária


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O que é fimose?

A fimose é o nome dado à incapacidade de retrair o prepúcio (a pele que recobre a cabeça do pênis) e expor a glande.

Normalmente, meninos nascem com fimose, mas a pele tende a descolar com o tempo. Quando isso não acontece, costuma-se recorrer à cirurgia ainda durante a infância. Em alguns casos, porém, essa condição pode persistir até a vida adulta.

A fimose em si não é um problema de saúde, mas pode levar a algumas complicações devido à dificuldade de higienização.

Prevalência

Estima-se que somente 10% dos meninos cheguem aos 3 anos com fimose. Até os 5 anos, esse número é ainda menor. Não é muito comum encontrar rapazes acima dessa faixa etária com fimose, mas pode acontecer.

Nestes casos, alguns procedimentos para remover a fimose passam a ser recomendados por urologistas.

Qual o problema da fimose?

Como mencionamos, a fimose em si não é um problema. O que ocorre é que ela pode dificultar a higienização, causar incômodo e facilitar o surgimento de infecções no pênis.

Tipos de fimose

Existem pelo menos três tipos principais de fimose:

  • Fimose fisiológica;
  • Fimose secundária;
  • Parafimose.

Fimose fisiológica

A fimose fisiológica é aquela com a qual todo menino nasce. É comum que desapareça naturalmente com o decorrer do tempo.

Fimose secundária

Já a fimose secundária ocorre depois da fisiológica, isto é, quando outro problema está impedindo que o prepúcio possa ser retraído para expor a glande. Geralmente, este tipo é provocado por uma infecção, lesão ou um ferimento no pênis.

Parafimose

A parafimose ocorre quando o prepúcio consegue ser retraído, mas há dificuldade para fazer com que a glande seja coberta novamente. Isso acontece porque, neste tipo de fimose, o prepúcio é mais apertado.

O problema, aqui, é que esse aperto pode dificultar a circulação sanguínea no pênis, impedindo que o sangue chegue à glande.

Existe fimose feminina?

Muito se engana quem pensa que somente homens podem ter fimose. Apesar de ser um problema muito associado ao pênis, mulheres também podem apresentar o que costuma-se chamar de “fimose feminina”.

Ela ocorre quando os pequenos lábios da vagina ficam fechados, bloqueando o orifício vaginal. É bem mais rara do que a “fimose masculina”, mas pode acontecer.

Graus de fimose

Além de categorizar a fimose por tipos, também é possível atribuir diferentes graus a ela. Aqui, a regra é muito simples: quanto menos a glande consegue ser exposto, maior é o grau.

Porém, isso não tem necessariamente a ver com a gravidade da fimose. Entenda melhor abaixo:

Grau 1

O grau 1, à primeira vista, pode parecer o tipo menos grave de fimose. Mas não é bem assim. A parafimose, por exemplo, é classificada como de grau 1, pois toda a glande consegue ser exposta.

No entanto, como explicamos acima, ela ainda assim pode ser bastante prejudicial por ser caracterizada pelo tamanho reduzido do prepúcio, que estrangula a glande e pode impedir a passagem do sangue.

Grau 2

No grau 2, grande parte da glande fica exposta (mas não toda). Quando retraído, o prepúcio não consegue descer por completo e forma como se fosse um anel em torno da cabeça do pênis.

Apesar de não ser um grau de fimose elevado, a higiene pode ser prejudicada.

Grau 3

Quando a fimose é de grau 3, apenas uma pequena parte da glande fica expostoquando a pele é puxada. Aqui ainda não há riscos tão elevados de infecção, mas a higienização do local fica dificultada.

Grau 4

No grau 4, é possível abrir o prepúcio e enxergar uma parte da glande. No entanto, aqui ela já fica totalmente coberta pelo prepúcio.

Grau 5

Por fim, o grau 5 da fimose é o mais elevado de todos. Neste caso, a pele não consegue ser retraída e nem é possível enxergar a glande. O principal problema, aqui, é que pode haver acúmulo de urina e muita dificuldade para fazer a limpeza durante o banho.

Com o tempo, a falta de higiene adequada pode levar a problemas mais graves de saúde.

Causas da fimose

As causas da fimose podem variar muito de caso para caso. O tipo fisiológico, por exemplo, é natural em bebês, pois o prepúcio funciona como uma proteção importante na região, que geralmente é bastante sensível.

Com o tempo, essa sensibilidade tende a passar. Por isso, a fimose fisiológica não costuma demorar muitos anos para desaparecer por completo. Quando ela persiste, é porque há outra causa por trás.

E aqui podem entrar inúmeras possibilidades, embora as mais frequentes sejam ferimentos na região do pênis, traumas no local, infecções etc.

Fimose infantil

A medicina ainda não sabe porque a fimose em bebês — ou fimose infantil, como também é chamada — ocorre com tanta frequência.

Mas como ela costuma desaparecer por conta própria, grande parte da comunidade médica acredita se tratar de um problema congênito, ou seja, presente desde o nascimento.

Fimose em adultos

Por outro lado, a fimose que ocorre em homens adultos não costuma ser provocada pela proteção natural que o prepúcio confere à glande.

É claro, a pele que encobre a cabeça do pênis pode permanecer por mais tempo justamente para proteger o local, mas a causa para essa necessidade geralmente está em fatores secundários, como lesões e outros ferimentos.

Sintomas da fimose

Em cada caso, a fimose pode apresentar sintomas diferentes. No entanto, os mais comuns são:

  • Dor ao urinar;
  • Ardência;
  • Inchaço;
  • Infecções (especialmente a infecção urinária);
  • Dores ou incômodo durante a relação sexual penetrativa;
  • Acúmulo de secreções na região da glande;
  • Corte do fluxo sanguíneo (no caso da parafimose).

Como saber se tenho fimose?

Em todo caso, é possível saber que você tem fimose simplesmente observando o seu pênis e vendo até onde o seu prepúcio consegue ser retraído.

Evidentemente, somente um médico urologista poderá dar o diagnóstico correto, além de informar as diferentes formas de solucionar o problema, mas geralmente quem tem fimose sabe.

Diagnóstico

Tanto um urologista quanto um clínico geral estão aptos a fazer o diagnóstico de fimose. Por se tratar de uma condição física e facilmente analisada, o especialista muitas vezes já sabe qual o tipo de fimose só de observar o pênis e o movimento do prepúcio.

Não necessários exames admissionais para saber qual o tipo e nem o grau do problema.

Fimose tem cura? Como é o tratamento?

Sim, fimose tem cura. Existem diferentes abordagens para se tratar a fimose, sempre levando em conta o tipo, a idade e o grau. Confira:

Exercícios de retração da fimose

Quando a fimose está presente em uma criança com menos de 5 anos, o médico costuma indicar alguns movimentos a serem feitos durante o banho para, aos poucos, ir descolando a pele da glande sem machucar.

Pomada para fimose

Se esses exercícios muito simples não resolverem, tanto na infância quanto na fase adulta, o tratamento pode ser feito à base de pomadas.

Cirurgia de fimose (postectomia ou circuncisão)

Já em caso de nenhuma das abordagens anteriores resolverem, a cirurgia de fimose — também chamada de postectomia ou simplesmente circuncisão — acaba sendo a saída mais indicada.

Como é a cirurgia?

A cirurgia de circuncisão é um procedimento simples que visa remover todo o prepúcio que encobre a glande do paciente.

Geralmente, ela é indicada para crianças com menos de 1 ano, já que a cicatrização costuma ser mais fácil nessa faixa etária do que em crianças mais velhas. No entanto, o procedimento pode ser realizado em qualquer fase da vida, dependendo da necessidade e da indicação médica.

A cirurgia é feita no hospital, quase sempre com anestesia local, e o paciente recebe alta no mesmo dia.

Vantagens e desvantagens

A circuncisão torna a higiene muito mais simples no dia a dia e reduz significamente as chances de infecções sexualmente transmissíveis (ISTs). Isso não significa, porém, que a camisinha pode ser dispensada. Muito pelo contrário.

Já a principal desvantagem da cirurgia é a possibilidade de redução da sensibilidade no pênis. Nos primeiros dias após a circuncisão, a pele da glande costuma ficar muito mais sensível do que o normal, podendo provocar incômodos.

Entretanto, o atrito da glande com o tecido da roupa acaba engrossando a pele com o decorrer do tempo. Por um lado, isso é positivo pois o incômodo desaparece, mas a pouca sensibilidade no local pode trazer outras desvantagens, principalmente em relações sexuais ou, em casos mais extremos, na dificuldade de percepção de ferimentos que possam ser provocados no local.

Riscos

Os riscos da circuncisão são muito baixos e semelhantes aos de qualquer outro procedimento cirúrgico simples. Quando ocorrem, quase sempre estão relacionados à anestesia, infecções ou sangramentos no local.

Prognóstico

A cirurgia de fimose visa levar à cura completa do problema. Uma vez removido o prepúcio que antes impedia a glande de ser exposta, o paciente deve aguardar alguns dias para que a sensibilidade na região desapareça naturalmente.

Quando realizada em adultos, recomenda-se evitar relações sexuais até a cicatrização.

Convivendo com fimose

Uma das principais dúvidas de homens adultos que convivem com a fimose é o que fazer para que ela não se torne um problema no futuro. Outro questionamento recorrente envolve medidas que podem ser adotadas para que a fimose não interfira nas relações sexuais.

Em alguns casos, ainda, a fimose pode ser até mesmo uma opção. O tratamento nem sempre é indicado se o paciente tiver condições de realizar a higienização completamente e se o fato da glande não conseguir ser exposta não for um problema no dia a dia.

Entretanto, quando há riscos de infecções decorrentes da fimose, a recomendação é de que se procure um médico para iniciar o tratamento — quanto antes, melhor.

Complicações possíveis

A principal complicação da fimose, principalmente quando ela for de tipo secundário e de graus mais elevados, é o surgimento de infecções graves na região do pênis.

A falta de higiene correta no local pode levar ao acúmulo de secreções e à proliferação de bactérias.

Em alguns casos, o quadro pode se agravar de tal forma que talvez a única solução seja a amputação do pênis. Isso ocorre quando há necrose na região, provocada por infecções.

Prevenção

Quando a fimose é fisiológica, não há o que fazer: ela é congênita. Com o tempo, ela tende a desaparecer sozinha, mas se isso não acontecer, o uso de pomadas ou até mesmo a circuncisão podem ajudar a eliminar o problema definitivamente.

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